Psicomotricidade no TEA: ganhos, desafios e intervenções baseadas em evidências | Mergulho Atípico

Psicomotricidade no TEA: panorama baseado em evidências e ganhos esperados

Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) frequentemente apresentam desafios motores desde cedo: equilíbrio, coordenação, planejamento motor e habilidades finas. Esses aspectos não fazem parte dos critérios diagnósticos centrais, mas impactam diretamente a autonomia e a participação social.

Criança com TEA realizando atividade psicomotora com apoio de brinquedos sensoriais

Atividades psicomotoras planejadas ajudam a desenvolver equilíbrio, coordenação e confiança em crianças com TEA.

Déficits motores comuns no TEA

  • Coordenação motora grossa rebaixada: corrida, saltos e controle de objetos.
  • Habilidades finas e destreza manual inferiores, com impacto na escrita e no uso de utensílios.
  • Equilíbrio estático e dinâmico comprometidos, gerando insegurança em tarefas simples.
  • Planejamento motor prejudicado: dificuldade em sequenciar gestos e ações.
  • Padrões de marcha atípicos, como caminhar na ponta dos pés.
  • Interferência do processamento sensorial atípico no desempenho motor.

Ganhos esperados com intervenções psicomotoras

Quando bem estruturadas, as intervenções psicomotoras trazem melhorias visíveis:

  • Mais equilíbrio e estabilidade postural.
  • Melhora da coordenação olho-mão e destreza fina.
  • Redução de estereotipias e melhor tolerância sensorial.
  • Maior autonomia em atividades do dia a dia, como vestir-se ou segurar talheres.
  • Engajamento social em esportes adaptados e brincadeiras coletivas.
Circuito motor com cones e pranchas para treino de equilíbrio em crianças autistas
Exemplo de circuito motor para treino de equilíbrio e coordenação.

Exemplos práticos de atividades psicomotoras

Com base em evidências, alguns exercícios que podem ser adaptados em casa ou em contexto clínico:

  • Circuitos de coordenação grossa: trilhas com cones, saltos em marcações e arremessos a alvos.
  • Motricidade fina: massinha com resistência, prendedores e atividades bimanualizadas.
  • Equilíbrio: caminhada em linha reta, pranchas instáveis e jogos de dupla tarefa.
  • Integração sensorial: puxar/empurrar objetos, balanços controlados e variação tátil previsível.
  • Atividades aquáticas: jogos na água que estimulam regulação sensorial e controle postural.
  • Jogos cooperativos: turnos, metas compartilhadas e regras simples para estimular habilidades sociais e motoras.

Essas atividades devem sempre respeitar o perfil sensorial da criança e ser apresentadas de forma gradual e lúdica.

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